quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Mais um em ingrêis

Bom pessoal, aproveitando a onda de poemas em inglês, postarei o único que eu tenho nessa língua. Já vou avisando que eu só falo português. Erros, reclamem com o Dead Boy que corrigiu esse.

--This poem runs after its own tail--

Sometimes I don't feel good
and I can't understand what I'm saying...
If I'm really saying...
Sometimes the things are confused
and the words loses the meaning under my foot...
Sometimes my life escapes of my hands
and the best solution is sell my soul...
Sometimes seems I don't have any soul to sell...

I walk alone on my poetry 'cause I want to find me....
Find you... And I find only an infinite empitness...
A stranger of my own eyes...
Another's reflex... Another's reflection...
A lent language...To say of what I don't understand...
For don't really say...
Sometimes I don't feel good...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dois poeminhas...

Olá, gentes.

Bom, esses dias eu andei um pouquinho inspirada e escrevi dois poeminhas, em inglês. Como não tenho muito o que fazer com eles, gostaria de postar aqui.

O primeiro não tem nome... mas o segundo, "For my Valentine", foi inspirado no Valentine's day, que é o dia dos namorados comemorado em outros países. Ao contrário do que acontece no Brasil, onde a data foi instituída devido à baixa do comércio no período de junho, o dia dos namorados internacional é comemorado no dia 14 de fevereiro (ou seja, anteontem), que é o dia de são Valentim.

Não sou uma poetisa nata, então me desculpem se os poeminhas saíram uma merda, ok?

Aí vão:

***

so softly you speak
that my ears can barely hear
the sound of your soft voice.

so softly you speak
that my body shivers in fear
at the sound of a minimum noise.

so pleasant is your soft speak,
so wonderful your whispering voice,
that it makes the words so weak...

... getting deaf is my only choice.

***

For my Valentine


if your attention wasn't enough
if I couldn't be so tough

if times are getting rough
if so much tension we're going through

if I've ever cursed and lied
if our felings have almost died

if what we had isn't worth saving
if it wasn't what we were craving

if the river I cried is dry
if there's nothing else we can try

if tears don't roll on my face
if I no longer miss your embrace

if memories just bring us regret
if the only solution is to forget

if indifference has filled your heart
if we're already torn apart

if good moments are all in the past
if we know it will no longer last


if I can't keep on with our love story...
... I'm so sorry.

***

Obrigada pela oportunidade, espero voltar ao programa mais vezes pra divulgar o meu trabalho, seja lá qual ele for.

Queria mandar um abração pra caravana de Piraporinha do Sudonorte, pra minha mãe, pro meu pai, pro meu irmão, pro meu namorado e pros meus companheiros do blog Salsichards.

Valeu!

*deixa o palco com um sorrisinho imbecil, dando tchauzinho pra platéia*


P.S: Em tempo: meu namoro vai muito bem, obrigada. haha!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O que você faria?

A situação é a seguinte:

Dia ensolarado, céu azul... e um calor infernal.
Você ali no ônibus, a caminho de casa, voltando do centro da cidade. O ônibus mais parece uma jaula com rodas, caindo aos pedaços, e "desconfortável pra cacete" é eufemismo pra descrever os banquinhos que, por sinal, estavam lotados. Ônibus cheio é uma desgraça!

Já é por volta de 6 e meia da tarde, horário em que a galera volta do trabalho. Logo você percebe um cheiro desagradável no ônibus e, quando olha para o lado, vê alguns sovacos apontados na direção da sua cabeça, que já está dolorida devido ao calor. Você tenta mudar de lugar, mas não adianta: os sovacos estão espalhados pelo ônibus inteiro.

Mas... como se não bastassem os sovacos fedorentos, sua vizinha, uma senhora no auge dos seus 50-quase-60 anos, entra no busão. Gorda, diga-se de passagem. Aliás, bem gorda, loira, e usando um vestidinho rosa-bebê florido, daqueles de viscose. Ela tem certa dificuldade pra subir, e depois quase fica presa na catraca do ônibus. Após vencidas as barreiras, ela te cumprimenta com um rápido "oi, tudo bem?", posiciona-se ao seu lado, procurando algum banco para se sentar, e logo consegue: um rapaz de bom coração cede o banco à senhora.

A viagem prossegue... e você, finalmente, avista o ponto da esquina da sua casa e puxa a cordinha (sim, cordinha, o ônibus é velho demais para ter aqueles botõezinhos). Mais que depressa, a senhora gorda começa a se movimentar no banco, preparando-se para levantar. Em seguida, posiciona-se na sua frente, logo na porta de saída - claro, ela precisa sair antes, afinal, tem mais pressa que você.

Você dá uma olhadinha pra baixo, sem compromisso algum, pensando na conta que pagou, ou no que vai comer amanhã na hora do almoço... mas, quando você nota, a única coisa que ocupa o seu campo de visão é o traseiro gigantesco da vizinha gordona. Infelizmente, você não pôde deixar de notar que a parte de trás do vestido estava quase toda enfiada naquela bunda enorme: uma cena grotesca. Não precisaria dizer que a senhora não percebeu a situação desagradável em que o pobre vestido se encontrava, é lógico.

O ônibus pára. Ela desce, e você em seguida, tentando ficar sempre atrás, para que a vizinha não tenha chance de puxar assunto. Nada contra ela, pessoalmente: uma senhora simpática e até já cedeu uma xícara de açúcar praquele pão-de-ló que você havia feito um mês antes. Mas a dor de cabeça havia consumido todo seu bom humor, e a última coisa que você gostaria era ter que dirigir a palavra a qualquer pessoa, mesmo que fosse, sei lá, o David Bowie.

E vocês andam. E o vestido enfiado. E ela anda. E o vestido não sai. E ela continua na sua frente. E você quer rir, mas não pode. E o vestido ainda lá. E ela pára pra conversar com a amiga que encontrou na frente da sua casa. E os pedreiros da construção ao lado apontam, e riem. E o vestido continua escandalosamente enfiado.

O que você faz?

Avisa a vizinha sobre o vestido, livrando-a da situação desagradável e criando uma outra situação tão desagradável quanto? Tenta tirar o vestido, esbarrando na bunda da vizinha e arriscando levar um tapa na cara? Deixa passar, entra na sua casa e finge que nada aconteceu? Alguma outra alternativa?