quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Essa não é uma história verídica

Eu não sabia se casava ou comprava uma bicicleta, então resolvi ler um gibi e chupar pirulito.

Também resolvi postar um texto que publiquei no meu blog numa daquelas minhas fases de deprê, que são as mais produtivas [daí se concluiria que eu devo estar muito feliz, pois não estou nada criativo, mas isso é mentira e logo se conclui que nada faz sentido e tudo é só enrolação pra você perder seu precioso tempo.]

Quero flores. No jardim aos meus pés. Sobre o qual, amarrado em árvores de datas donde o tempo inda não era datado, repouso-me em uma macia rede de algodão. O cheiro do algodão. Sua cor crua. Mais que o cheiro do algodão, o das flores. Mais que destas, o do suco de abacaxi com hortelã. Os pássaros se regojizando em alguma margem próxima não atrapalham. Fazem-me lembrar da simplicidade do pio. Para além das flores tem o gramado. Mato. Verde como tem que ser. Com a sensação de frescor ao olhar. Se o colorido das flores chama a atenção, vocês ainda não viram o mato. A relva dançando ao vento. Brisa leve, morna. Só pra brincar com o mato. E balançar a rede. O suficiente pra entrar em harmonia com os pássaros. Que vão e vem a bel-prazer. Ah, o suco de abacaxi. E pensar que lá na mesa, em algum lugar ao oeste, tem um bolo de fubá me esperando. Ah, o bolo de fubá. E o leite, com um café forte e doce, coado na hora. A fumacinha brinca aqui dentro, como o mato lá fora. Mas o bolo ainda espera. Mais sete ou oito páginas e o capítulo desse bom livro acaba. O bolo ainda pode esperar um pouco. Esse solzinho. Coado nas largas folhas da copa que quase toca o chão, uns dez ou quinze metros adiante. Laranja. Como o de algumas flores aqui em baixo. Mas as flores não me esquentam. O sol não tem o perfume das flores. Nem posso toca-lo. Quase não consigo olha-lo. Mas que bom que é a sensação que trás. De aconchego. Mesmo estando lá, longe, me aquece e me acolhe. Ah, que bom que ainda faltam 4 páginas. A história esta tão boa. O alaranjado, o rosa, o violeta, o azul do céu. Que sensação de leveza. Será que flutuo? Não sinto meus pés tocarem o chão... "Eros! Vem que o café esta pronto!" "'Ahn?' Já vou..." O turquesa. Os pássaros já não mais brincam por aqui e acolá. Deixam o palco pra uma trupe que esta em cartaz ha muito tempo. São as estrelas da encenação. Astros que que não dão autógrafos. São maiores que autógrafos. Brilham na peça, e, sem nem se mover, desde sempre são motivo de aplausos, melodias, horas a fio sem muito propósito. Afinal, precisa ter algum? Olha só o sol se despedindo. Aquelas nuvens ali ao longe, tocando o horizonte ainda brilham. Ah, que árvores, que flores, que sol. Nada como um bolo de fubá quentinho, café com leite e o por do sol. Devo me recolher agora. junto com os pássaros, o sol e todo o colorido do dia. À noite reserva-se apenas o brilho. Eu sou opaco. E como opaco que sou, recolho-me. Ah, cama gostosa. Nada melhor depois de um bom banho quente, que uma cama gostosa. Cama grande, acolhedora. Não tem o calor do sol, mas as lembranças de anos calorosos passados ao seu leito. 'Por quantas alegrias e desilusões passaste?' E disto e daquilo o que sobraram? Lembranças...

Isso me remete à cada ano que passa, cada aniversário, festa ou ocasião que por mais simples ou complexa, deixaram aquele gostinho de quero mais.
Aproveito, também, para agradecer [ainda que atrasado mas de coração] o post da Buguelita me dando os parabéns e lembrando que eu sou estranho e tudo mais =B
Fiquem com a paz queridos leitores.

domingo, 16 de novembro de 2008

Essa é uma história verídica

Era um dia bonito e ensolarado, daqueles inquestionavelmente perfeitos... Estávamos andando pela universidade. Um grupo grande de amigos: eu e mais quatro caras; digo, três caras e uma mina, que era irmã de um dos caras. Até então, nada de mais.
O estranho da história foi quando chegamos num lugarzinho bem diferente... Bom, era diferente pra mim... Os outros encaravam tudo com extrema naturalidade, como se o que havia em volta fizesse parte de seus cotidianos desde sempre. Mas não fazia do meu.
Era assim: as ruas de paralelepípedo abrigavam um centro comercial imenso, as pessoas passando de um lado pro outro às margens do maior rio da cidade totalmente poluído, com pedacinhos de cocô boiando e tudo!
Era um lugar bonito, apesar do aroma nada agradável. Mas o fato é que eu nunca tinha estado ali antes, por mais que já conhecesse a universidade, não lembrava nem de ter ouvido falar dali... A não ser por um sonho.... Olhei pros dois irmãos e contei pra eles que, uma vez, tinha sonhado estar naquele lugar com o pai deles. No sonho, o cara pulava no rio para nadar e engolia aquela água suja e tudo. Mas não tinha problema, era um sonho, e ninguém fica doente nos sonhos!
Foi nesse momento que, sem mais nem menos, os irmãos resolveram pular também naquele riozinho bacana. Pro meu desespero, eles faziam igualzinho o pai deles no meu sonho! Se divertiam pra caramba, apesar dos meus gritos de "não!!! essa é a realidade!!! vocês vão ficar doentes!!! saiam daí!!!"
A mina olhou pra mim e falou:
_Pule no rio e decifre o enigma!!!
Enigma... Que coisa mais bizarra... O rio, o cocô, o pai, os irmãos, o sonho, um enigma...
Só podia significar uma coisa: eu tava sonhando!!! E se eu tava sonhando, podia pular no rio tranquilamente... Foi o que eu fiz. Esse pular no rio e comer cocô garantiu o meu despertar.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Bolo, guaraná, muito doce pra você...

(Aproveitando o dia de hoje, e a situação de marasmo completo desse blog, gostaria de fazer aqui uma pequena homenagem ao aniversariante do dia: Eros Secundus.)

Eros Secundus, Edson Fagundes, Ed Fecundus, Hélio, Élcio, Elvis, ou seja lá quem você for na realidade... não te conheço há muito tempo, então não posso dizer quem você é, ao certo. Mesmo assim, você já se tornou uma parte importante dessa minha vidinha e, por que não, de muita gente que convive com você.

Um cara muito extrovertido, pra não dizer louco, que faz uns barulhos estranhos quando todos menos esperam, toca flauta insistente e irritantemente enquanto estou na webcam/microfone com o meu querido namorado, acende e apaga a luz do quarto em sequência (do absoluto nada, enquanto pessoas estão conversando sobre assuntos diversos) e, num acesso quase mortal de sede, bebe orvalho de "murões - muros - fo-folhas" pelos cantos da cidade.

Pois é, mesmo com pouco tempo de convivência, já dá pra te considerar um amigo de verdade. E não é à toa que você tem 8259284889324 amigos por aí, e tem que se revezar em todas as rodinhas que se formam nos bares da vida, pra poder conversar com todo mundo: você é um cara especial, sim.

Depois de toda essa melosidade boba, eu queria mesmo é te desejar toda felicidade do mundo, e mandar um abração apertado pelo dia de hoje. Daqui uma semana a gente se tromba na formatura da sua irmã, aí eu dou esse abraço pessoalmente.

Também queria recitar um breve poema, de uma estrofe só, pra traduzir meus votos em poucas palavras:

(pigarreia)

"Parabéns pra você,
Nesta data querida!
Muitas felicidades,
Muitos anos de vida."

Não tenho presente pra te dar, mas vou combinar com o ♫ Josééé ♫ de fazermos uma serenata com flautas na sua beliche, quando você estiver morrendo de sono, pra dar uma alegrada na sua vida.

Parabéns pelos seus 21 anos, fião.


Aquele abraço,
Buguelita.

P.S. musical: ♫ O Eros é um cara bem legaaal... pena que não pode ver mulher! ♫