Também resolvi postar um texto que publiquei no meu blog numa daquelas minhas fases de deprê, que são as mais produtivas [daí se concluiria que eu devo estar muito feliz, pois não estou nada criativo, mas isso é mentira e logo se conclui que nada faz sentido e tudo é só enrolação pra você perder seu precioso tempo.]
Quero flores. No jardim aos meus pés. Sobre o qual, amarrado em árvores de datas donde o tempo inda não era datado, repouso-me em uma macia rede de algodão. O cheiro do algodão. Sua cor crua. Mais que o cheiro do algodão, o das flores. Mais que destas, o do suco de abacaxi com hortelã. Os pássaros se regojizando em alguma margem próxima não atrapalham. Fazem-me lembrar da simplicidade do pio. Para além das flores tem o gramado. Mato. Verde como tem que ser. Com a sensação de frescor ao olhar. Se o colorido das flores chama a atenção, vocês ainda não viram o mato. A relva dançando ao vento. Brisa leve, morna. Só pra brincar com o mato. E balançar a rede. O suficiente pra entrar em harmonia com os pássaros. Que vão e vem a bel-prazer. Ah, o suco de abacaxi. E pensar que lá na mesa, em algum lugar ao oeste, tem um bolo de fubá me esperando. Ah, o bolo de fubá. E o leite, com um café forte e doce, coado na hora. A fumacinha brinca aqui dentro, como o mato lá fora. Mas o bolo ainda espera. Mais sete ou oito páginas e o capítulo desse bom livro acaba. O bolo ainda pode esperar um pouco. Esse solzinho. Coado nas largas folhas da copa que quase toca o chão, uns dez ou quinze metros adiante. Laranja. Como o de algumas flores aqui em baixo. Mas as flores não me esquentam. O sol não tem o perfume das flores. Nem posso toca-lo. Quase não consigo olha-lo. Mas que bom que é a sensação que trás. De aconchego. Mesmo estando lá, longe, me aquece e me acolhe. Ah, que bom que ainda faltam 4 páginas. A história esta tão boa. O alaranjado, o rosa, o violeta, o azul do céu. Que sensação de leveza. Será que flutuo? Não sinto meus pés tocarem o chão... "Eros! Vem que o café esta pronto!" "'Ahn?' Já vou..." O turquesa. Os pássaros já não mais brincam por aqui e acolá. Deixam o palco pra uma trupe que esta em cartaz ha muito tempo. São as estrelas da encenação. Astros que que não dão autógrafos. São maiores que autógrafos. Brilham na peça, e, sem nem se mover, desde sempre são motivo de aplausos, melodias, horas a fio sem muito propósito. Afinal, precisa ter algum? Olha só o sol se despedindo. Aquelas nuvens ali ao longe, tocando o horizonte ainda brilham. Ah, que árvores, que flores, que sol. Nada como um bolo de fubá quentinho, café com leite e o por do sol. Devo me recolher agora. junto com os pássaros, o sol e todo o colorido do dia. À noite reserva-se apenas o brilho. Eu sou opaco. E como opaco que sou, recolho-me. Ah, cama gostosa. Nada melhor depois de um bom banho quente, que uma cama gostosa. Cama grande, acolhedora. Não tem o calor do sol, mas as lembranças de anos calorosos passados ao seu leito. 'Por quantas alegrias e desilusões passaste?' E disto e daquilo o que sobraram? Lembranças...
Isso me remete à cada ano que passa, cada aniversário, festa ou ocasião que por mais simples ou complexa, deixaram aquele gostinho de quero mais.
Aproveito, também, para agradecer [ainda que atrasado mas de coração] o post da Buguelita me dando os parabéns e lembrando que eu sou estranho e tudo mais =B
Fiquem com a paz queridos leitores.
Isso me remete à cada ano que passa, cada aniversário, festa ou ocasião que por mais simples ou complexa, deixaram aquele gostinho de quero mais.
Aproveito, também, para agradecer [ainda que atrasado mas de coração] o post da Buguelita me dando os parabéns e lembrando que eu sou estranho e tudo mais =B
Fiquem com a paz queridos leitores.