Pois é pessoal... O pavio de 2009 está bem curtinho agora! E, apesar da iminente explosão, parece que ele vai mesmo é se apagar para que uma nova luz se acenda ao ano de 2010.
Caramba, quanto cliché! Mas é aquela coisa, um ano nem acaba e as esperanças vão ressurgindo no coração de cada um como que por encanto. É ridículo, eu sei, mas não esperem que eu seja O chato e sopre a velinha que arde hoje no peito dos antes desiludidos, recém iludidos. Não, eu não!
Pelo contrário, vou eu mesmo criando projetos, fazendo promessas, me preocupando com coisas que eu sei que não realizarei, não cumprirei, me esquecerei. Que 2010 termine cheio das mesmas desilusões, de outras desilusões... Não importa! Que venham as desilusões que tanto alimentam nossos projetos e promessas; que venham as ilusões!
É tudo questão de ótica, mas essa época do ano me parece fantástica, muito mais que o resto dele. O ano, ao passar por nós, sempre nos machuca. E quantos machucados não doeram nesse ano?! Quantos blues e sertanejos foram derramados com nossas lágrimas de cotovelos?! Quantos analgésicos para curar os arrependimentos das nossas noites embebidas em sorrisos amargurados?! Quantos exercícios de recuperação pelas nossas falhas na academia?! Não importa os quantos, não importa o quanto 2009 doeu, devemos, nessa época, sonhar com o que vem.
Desejo a todo mundo um 2010 cheio de blues e sertanejos, de lágrimas de cotovelos, de analgésicos e arrependimentos, de noites, bebidas e sorrisos amargurados, de recuperação, de falhas. Que o ano que chega seja cheio das ressacas de quem sonha... Mas de dia, pra não perder a madrugada.
Um brinde a luz de nossas velas a todos os amigos que não temos e os amores que não vivemos! Ainda.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Visitas em casa, amanhã.
Como o título já disse, amanhã receberei ilustres visitas em meu humilde - e detonado - apartamento: o José (chamado por alguns de "Eduardo") e seu irmão, Henrique, que no fim das contas é o principal motivo da visita (ele vem fazer prova de vestibular na Unesp). Então é claro que precisei deixar esse apartamento, no mínimo, apresentável.
Em outras palavras: dia de faxina.
Gente, eu não nasci pra limpar casa. Varrer, passar pano, limpar banheiro, lavar louça, levar o lixo pra fora... meu, que pesadelo! Sendo assim, é lógico que eu não caprichei nada, e se alguém não gostar ou se sentir ofendido com a bagunça, ou estiver na expectativa de encontrar um típico apartamento de menininha, com florzinhas, decoração impecável, móveis combinando e essas coisas (tipo o do Dead Boy), eu mando se foder. Azar. Não me enche o saco.
O piso aqui já tem 16 anos de existência, e será trocado em breve. As paredes estão levemente marrons (já foram brancas, um dia), e é óbvio que eu não vou perder o meu precioso tempo (que eu uso pra fazer porra nenhuma) esfregando-as. Já tô com uma dor terrível nas costas só de ter passado pano na casa inteira, imagina se ainda encanasse de esfregar as malditas paredes! Então não venham me encher o saco por causa disso.
Outra coisa: as teias de aranha ainda estão penduradas no teto, e ali ficarão. As aranhas são minhas amigas, e eu as amo. Não encham o saco delas.
Sim, tem uma caixinha de areia, também conhecida pela alcunha de "banheiro dos gatos", no corredor, bem na frente da porta dos quartos. Me desculpem, mas essa também vai ter que ficar por ali, a não ser que vocês tenham algum tipo de prazer em observar o xixi de um dos meus gatos escorrendo pelo chão. É, ele costumava fazer isso antes de eu ter a brilhante idéia de forrar o chão com um saco de lixo (vazio, obviamente) e colocar a caixa de areia ali em cima. Não me encham o saco com nojinho da caixa de areia.
Ainda preciso ver se consigo um colchão extra com algum vizinho, aqui. Se não conseguir, alguém vai ter que dormir no sofá-cama mais velho do mundo (ele foi presente de casamento pra mãe da Dercy Gonçalves) que tem lá no outro quarto. Até que dá pra dormir nele... o problema é que ele é meio duro, e a pessoa que dormir lá vai acordar com dores consideráveis na coluna e no pescoço. Mas tudo bem, a gente tira no palitinho, no "par ou ímpar", no "dois ou um", pra ver quem encara a tortura. Os dois que saírem ganhand, vão dormir na cama de casal. Àquele que perder, favor não encher o saco dos vencedores e dormir sem reclamar sob as condições supracitadas.
O sofá da sala tem um buraco enorme, do lado esquerdo. Não tirem a almofada dali pra sentar, em hipótese alguma. E não venham me encher o saco pra tirar a almofada, eu já disse que não é pra tirar.
É permitido fumar neste local. Não-fumantes, não me encham o saco.
Não me peçam permissão pra pegar coisas da geladeira. A casa também é de vocês, então façam o favor de não me encher o saco.
Pretendo deixar um rango pronto pra quando vocês chegarem, e se estiver ruim, também não me encham o saco. Eu não sou mestre em culinária tipo a Renata, aliás, não chego nem perto disso.
Depois de tudo isso, fiquem sabendo que vocês serão muito bem vindos, e que eu vou adorar recebê-los aqui, de verdade.
Venham logo!
E não me encham o saco.
Em outras palavras: dia de faxina.
Gente, eu não nasci pra limpar casa. Varrer, passar pano, limpar banheiro, lavar louça, levar o lixo pra fora... meu, que pesadelo! Sendo assim, é lógico que eu não caprichei nada, e se alguém não gostar ou se sentir ofendido com a bagunça, ou estiver na expectativa de encontrar um típico apartamento de menininha, com florzinhas, decoração impecável, móveis combinando e essas coisas (tipo o do Dead Boy), eu mando se foder. Azar. Não me enche o saco.
O piso aqui já tem 16 anos de existência, e será trocado em breve. As paredes estão levemente marrons (já foram brancas, um dia), e é óbvio que eu não vou perder o meu precioso tempo (que eu uso pra fazer porra nenhuma) esfregando-as. Já tô com uma dor terrível nas costas só de ter passado pano na casa inteira, imagina se ainda encanasse de esfregar as malditas paredes! Então não venham me encher o saco por causa disso.
Outra coisa: as teias de aranha ainda estão penduradas no teto, e ali ficarão. As aranhas são minhas amigas, e eu as amo. Não encham o saco delas.
Sim, tem uma caixinha de areia, também conhecida pela alcunha de "banheiro dos gatos", no corredor, bem na frente da porta dos quartos. Me desculpem, mas essa também vai ter que ficar por ali, a não ser que vocês tenham algum tipo de prazer em observar o xixi de um dos meus gatos escorrendo pelo chão. É, ele costumava fazer isso antes de eu ter a brilhante idéia de forrar o chão com um saco de lixo (vazio, obviamente) e colocar a caixa de areia ali em cima. Não me encham o saco com nojinho da caixa de areia.
Ainda preciso ver se consigo um colchão extra com algum vizinho, aqui. Se não conseguir, alguém vai ter que dormir no sofá-cama mais velho do mundo (ele foi presente de casamento pra mãe da Dercy Gonçalves) que tem lá no outro quarto. Até que dá pra dormir nele... o problema é que ele é meio duro, e a pessoa que dormir lá vai acordar com dores consideráveis na coluna e no pescoço. Mas tudo bem, a gente tira no palitinho, no "par ou ímpar", no "dois ou um", pra ver quem encara a tortura. Os dois que saírem ganhand, vão dormir na cama de casal. Àquele que perder, favor não encher o saco dos vencedores e dormir sem reclamar sob as condições supracitadas.
O sofá da sala tem um buraco enorme, do lado esquerdo. Não tirem a almofada dali pra sentar, em hipótese alguma. E não venham me encher o saco pra tirar a almofada, eu já disse que não é pra tirar.
É permitido fumar neste local. Não-fumantes, não me encham o saco.
Não me peçam permissão pra pegar coisas da geladeira. A casa também é de vocês, então façam o favor de não me encher o saco.
Pretendo deixar um rango pronto pra quando vocês chegarem, e se estiver ruim, também não me encham o saco. Eu não sou mestre em culinária tipo a Renata, aliás, não chego nem perto disso.
Depois de tudo isso, fiquem sabendo que vocês serão muito bem vindos, e que eu vou adorar recebê-los aqui, de verdade.
Venham logo!
E não me encham o saco.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
2D
Fixo um ponto
Traço uma reta
Pronto
Arrependo
Arrebento
Procuro outro ponto
Pronto
No papel branco
Tem tanto
E eu não tento nenhum
Tanto faz a perspectiva
Tenho plena convicção
De que a minha não me leva
Pr'uma outra dimensão
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
A grande filha da puta.
Olá, queridos e queridas.
Como a grande filha da puta que sou, resolvi tentar, ao menos, me justificar. Já que ninguém veio mesmo ouvir a minha versão da história... pelo menos aqui, talvez, eu tenha um pouco de voz.
Eu sei que isso pode soar como a desculpa mais estúpida, esfarrapada e medíocre do universo, mas a verdade é que eu não podia mais fazê-lo sofrer.
Já não sou mais a mesma pessoa que era antes, ou melhor, "não estou" a mesma pessoa. Tenho problemas que se mostraram um pouco mais sérios do que eu achei que fossem. Apesar de não parecer, ou de ninguém notar (porque eu não gosto de deixar isso transparecer, mesmo), eu estou triste, deprimida, sem motivação pra nada, sem vontade de fazer as coisas, de ver gente, de falar com gente, e às vezes nem de respirar.
Já perdi dois anos da minha maldita faculdade. Já me fodi, e se querem saber, nem sei mesmo se vou conseguir me formar.
Semana retrasada, passei quatro dias sem sair de casa, sem atender telefone, sem ver gente. Dormia, acordava, chorava, ia no banheiro, bebia água, dormia de novo, acordava, chorava...
Aliás, esse problema de "chorar" tá meio foda, porque eu ando chorando até quando tenho que levar o lixo pra fora de casa. Fico pensando que vou encontrar pessoas lá embaixo, e não quero ver ninguém... isso me dá desespero.
Qual é a saída, pra mim? Tentar me abrir com gente que nem conheço. Claro, porque se eles não me conhecem, não vão me julgar, obviamente.
Eu sei que ele sofre. Já sofria comigo, se sentindo jogado de lado (o que eu não fazia de propósito), pensando que eu não gostava mais dele (o que não era verdade), achando que eu me importava mais com outras pessoas do que com ele (o que eu achava que não estava acontecendo), que eu não lembrava dele (eu sempre lembrava, apenas não tinha a capacidade de pegar o telefone e ligar, pelos motivos citados acima). E agora, ele sofre sem mim. E eu sei disso, e eu realmente me importo, apesar de eu ser "a filha da puta", no final das contas.
Acontece que eu não estava feliz. E duvido que ele também estivesse, nessa situação. Aliás, eu sei que não estava, considerando a quantidade de reclamações e pedidos de "liga mais pra mim", "fala mais comigo", "me dá atenção" que eu recebi nesses últimos... ahm... meses.
Não preciso que acreditem em toda essa história. Apenas estou expondo a porra do meu lado, que ninguém procurou saber, nesses últimos dias. E se alguém quer saber, eu vos digo: vou me cuidar. Vou resolver meus problemas e aprender a pensar em mim, pra depois conseguir pensar em outra pessoa.
Mas saibam que não é só ele que sofre, mesmo os sofrimentos sendo completamente diferentes, e nada passíveis de comparação.
Podem continuar me ignorando agora, sem problemas. Afinal, sou uma grande filha da puta, mesmo.
Até mais.
Como a grande filha da puta que sou, resolvi tentar, ao menos, me justificar. Já que ninguém veio mesmo ouvir a minha versão da história... pelo menos aqui, talvez, eu tenha um pouco de voz.
Eu sei que isso pode soar como a desculpa mais estúpida, esfarrapada e medíocre do universo, mas a verdade é que eu não podia mais fazê-lo sofrer.
Já não sou mais a mesma pessoa que era antes, ou melhor, "não estou" a mesma pessoa. Tenho problemas que se mostraram um pouco mais sérios do que eu achei que fossem. Apesar de não parecer, ou de ninguém notar (porque eu não gosto de deixar isso transparecer, mesmo), eu estou triste, deprimida, sem motivação pra nada, sem vontade de fazer as coisas, de ver gente, de falar com gente, e às vezes nem de respirar.
Já perdi dois anos da minha maldita faculdade. Já me fodi, e se querem saber, nem sei mesmo se vou conseguir me formar.
Semana retrasada, passei quatro dias sem sair de casa, sem atender telefone, sem ver gente. Dormia, acordava, chorava, ia no banheiro, bebia água, dormia de novo, acordava, chorava...
Aliás, esse problema de "chorar" tá meio foda, porque eu ando chorando até quando tenho que levar o lixo pra fora de casa. Fico pensando que vou encontrar pessoas lá embaixo, e não quero ver ninguém... isso me dá desespero.
Qual é a saída, pra mim? Tentar me abrir com gente que nem conheço. Claro, porque se eles não me conhecem, não vão me julgar, obviamente.
Eu sei que ele sofre. Já sofria comigo, se sentindo jogado de lado (o que eu não fazia de propósito), pensando que eu não gostava mais dele (o que não era verdade), achando que eu me importava mais com outras pessoas do que com ele (o que eu achava que não estava acontecendo), que eu não lembrava dele (eu sempre lembrava, apenas não tinha a capacidade de pegar o telefone e ligar, pelos motivos citados acima). E agora, ele sofre sem mim. E eu sei disso, e eu realmente me importo, apesar de eu ser "a filha da puta", no final das contas.
Acontece que eu não estava feliz. E duvido que ele também estivesse, nessa situação. Aliás, eu sei que não estava, considerando a quantidade de reclamações e pedidos de "liga mais pra mim", "fala mais comigo", "me dá atenção" que eu recebi nesses últimos... ahm... meses.
Não preciso que acreditem em toda essa história. Apenas estou expondo a porra do meu lado, que ninguém procurou saber, nesses últimos dias. E se alguém quer saber, eu vos digo: vou me cuidar. Vou resolver meus problemas e aprender a pensar em mim, pra depois conseguir pensar em outra pessoa.
Mas saibam que não é só ele que sofre, mesmo os sofrimentos sendo completamente diferentes, e nada passíveis de comparação.
Podem continuar me ignorando agora, sem problemas. Afinal, sou uma grande filha da puta, mesmo.
Até mais.
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