Como o título já disse, amanhã receberei ilustres visitas em meu humilde - e detonado - apartamento: o José (chamado por alguns de "Eduardo") e seu irmão, Henrique, que no fim das contas é o principal motivo da visita (ele vem fazer prova de vestibular na Unesp). Então é claro que precisei deixar esse apartamento, no mínimo, apresentável.
Em outras palavras: dia de faxina.
Gente, eu não nasci pra limpar casa. Varrer, passar pano, limpar banheiro, lavar louça, levar o lixo pra fora... meu, que pesadelo! Sendo assim, é lógico que eu não caprichei nada, e se alguém não gostar ou se sentir ofendido com a bagunça, ou estiver na expectativa de encontrar um típico apartamento de menininha, com florzinhas, decoração impecável, móveis combinando e essas coisas (tipo o do Dead Boy), eu mando se foder. Azar. Não me enche o saco.
O piso aqui já tem 16 anos de existência, e será trocado em breve. As paredes estão levemente marrons (já foram brancas, um dia), e é óbvio que eu não vou perder o meu precioso tempo (que eu uso pra fazer porra nenhuma) esfregando-as. Já tô com uma dor terrível nas costas só de ter passado pano na casa inteira, imagina se ainda encanasse de esfregar as malditas paredes! Então não venham me encher o saco por causa disso.
Outra coisa: as teias de aranha ainda estão penduradas no teto, e ali ficarão. As aranhas são minhas amigas, e eu as amo. Não encham o saco delas.
Sim, tem uma caixinha de areia, também conhecida pela alcunha de "banheiro dos gatos", no corredor, bem na frente da porta dos quartos. Me desculpem, mas essa também vai ter que ficar por ali, a não ser que vocês tenham algum tipo de prazer em observar o xixi de um dos meus gatos escorrendo pelo chão. É, ele costumava fazer isso antes de eu ter a brilhante idéia de forrar o chão com um saco de lixo (vazio, obviamente) e colocar a caixa de areia ali em cima. Não me encham o saco com nojinho da caixa de areia.
Ainda preciso ver se consigo um colchão extra com algum vizinho, aqui. Se não conseguir, alguém vai ter que dormir no sofá-cama mais velho do mundo (ele foi presente de casamento pra mãe da Dercy Gonçalves) que tem lá no outro quarto. Até que dá pra dormir nele... o problema é que ele é meio duro, e a pessoa que dormir lá vai acordar com dores consideráveis na coluna e no pescoço. Mas tudo bem, a gente tira no palitinho, no "par ou ímpar", no "dois ou um", pra ver quem encara a tortura. Os dois que saírem ganhand, vão dormir na cama de casal. Àquele que perder, favor não encher o saco dos vencedores e dormir sem reclamar sob as condições supracitadas.
O sofá da sala tem um buraco enorme, do lado esquerdo. Não tirem a almofada dali pra sentar, em hipótese alguma. E não venham me encher o saco pra tirar a almofada, eu já disse que não é pra tirar.
É permitido fumar neste local. Não-fumantes, não me encham o saco.
Não me peçam permissão pra pegar coisas da geladeira. A casa também é de vocês, então façam o favor de não me encher o saco.
Pretendo deixar um rango pronto pra quando vocês chegarem, e se estiver ruim, também não me encham o saco. Eu não sou mestre em culinária tipo a Renata, aliás, não chego nem perto disso.
Depois de tudo isso, fiquem sabendo que vocês serão muito bem vindos, e que eu vou adorar recebê-los aqui, de verdade.
Venham logo!
E não me encham o saco.
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2 comentários:
Valeu pela hospitalidade Tha... (A casa da Thaís é um oferecimento dos papéis higiênicos Neve... Neve, mais que um papel, um massageador anal!)
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